Um pedacinho (nem tão pequeno assim!) super interessante da entrevista do Pr. Cris (da banda Filhos do Homem). Ele fala sobre a relação entre Deus e a música, técnicas na música que se comparam a Deus, a influência da música e o poder dela. Além disso, uma definição muito legal daquele papo sobre crente e música secular. Eu gostei e indico a entrevista toda. Quem quiser ver tudo, o link tá lá no final. Deus abençoe. Volto em breve porque tenho aprendido muita coisa! Segue aí:
• Dentro da questão musical secular, há uma afirmação muito interessante que diz: “Nem toda música religiosa é boa e nem toda música secular é má”. E, dentro deste contexto, concluí-se o seguinte: “O problema não está na música em si, mas na inspiração de quem a canta ou a toca. Agora, se isso de fato é verídico, pode esta inspiração, de alguma forma, ser contagiosa a quem a escuta? Ou podemos afirmar que o ato de escutar simplesmente não atinge noscivamente nenhum aspecto da espiritualidade do indivíduo?
[Cristiano Batiston] - Não. Deus criou a música para influenciar a alma do homem. Não é a toa que são 7 notas musicais, 7 espíritos de Deus, 7 dias da criação, e o ultimo dia é o dia do descanso. Você pega uma harmonia musical e vai perceber que a música é composta de uma tríade: tônica, terça e quinta. E a tônica você vê que é a criação de Deus. Deus é composto de uma tríade: Pai, Filho e Espírito Santo. Você vê que civilizações que não crêem em Cristo, na ressurreição, tocam músicas sem a terça maior, isto é, com a terça menor morta. Por exemplo, você percebe que as músicas de Israel, até as alegres, são todas em tons menores. As melodias são tristes porque a cultura influencia a música diretamente e vice-versa. Em Israel, nunca se usa uma terça maior porque a terça representa o Filho, o Messias, que para eles não veio ainda.
No canto gregoriano não se usava terça e notas dissonantes. Só se usava quinta e a sétima nota, que a gente chama de “A nota que prepara o descanso”. Quando você dá uma sétima maior, você tem uma nota de descanso. Não é a toa que o sétimo dia é o dia da perfeição e do descanso do Senhor. Então, a música está profundamente ligada à criação, à personalidade de Deus. Deus inventou a música para que lugares onde o coração do homem não se abre, fossem abertos, e o diabo sabe usar bem todas as coisas que Deus criou. Então, quando uma pessoa compõe uma música, naquela música a alma da pessoa está colocada. Assim como se coloca a impressão digital em um vidro. Se aquela pessoa foi influenciada por um desejo sexual, da mesma forma a música vai levar as pessoas a um desejo sexual. Se ela foi influenciada por uma amargura, a música vai gerar amargura no coração das pessoas. Eu não creio nisso como crente, eu creio nisso como músico, como artista, como alguém que estudou para aprender a gerar sentimentos nas pessoas. Não é que eu tenha uma teoria, é que eu sei. E hoje tem gente que diz "Ah, mas música cristã... Hoje não tem música boa para ouvir". Outro dia um guitarrista falou para mim assim: “Eu preciso ouvir música do mundo porque no meio evangélico não tem guitarrista para estudar". Se você conseguir tirar todos os solos do Roger, do David Quinlan e do Juninho Afran, aí depois que você tirar todos os solos deles e tocar tudo que eles tocam, aí sim você pode dizer para mim que vai procurar no mundo e eu ainda vou questionar, porque tem muito guitarrista crente bom. Assim é com baixista, com baterista... Por isso que os Filhos do Homem estão montando um material de estudo agora. Já tem o primeiro vídeo aula "Tocando baixo com Jadão". Estamos preparando bateria, guitarra... Para que o crente saiba que tem música boa no meio evangélico e não venha com esta desculpa de que "eu tenho que ouvir música".
Tem uma entrevista do Kate Richard falando de uma música do Rollings Stones onde lhe é perguntado: “Como é que você compôs esta música?" - "Ah, eu não sei. Eu apaguei a noite e, quando eu acordei, meus anjos e meus demônios tinham escrito a música para mim”. Aí o crente babacão vai lá e ouve. A mesma coisa com U2 que prega metade evangelho, metade durma com todo mundo e faça o que quiser da cabeça. E a crentaiada velha, comendo. "Ah, mas ele fala coisas tão bonitas". E a crentaiada segue comendo as coisas que vêm do coração do diabo porque parecem com as coisas que vêm do coração de Deus. Por isso eu não só trago uma teoria, mas eu afirmo para você que a música influencia a alma, influencia a espiritualidade, influencia a maneira de a pessoa pensar. Exemplo disso? O Japão. Há 20 anos era uma das culturas mais fechadas do mundo. O adolescente quando reprovava no colégio, se suicidava. Hoje o Japão é a fotografia de Madonna. Ela foi considerada a rainha do Japão porque em 10 anos a música da Madonna transformou a cultura japonesa em uma cultura libertina, em uma cultura sensual, e assim a música influenciou uma nação inteira. A música influencia os EUA inteiro, o Brasil inteiro.
Eu já fiz libertação onde a gente só conseguiu expulsar demônio com uma música de adoração. Já vi libertação onde, toda vez que a pessoa ouvia uma determinada música secular, ficava endemoniada e o demônio dizia "não, ela é minha". Uma vez um demônio olhou para mim e falou assim: "você não pode me expulsar, ela me cultua". Eu disse: "como assim, ela te cultua? Ela é crente, ela toca no louvor". E ele disse assim: "Ela escuta as músicas que eu cômpus". Então são minhas experiências pessoais, entendeu? Deus se sente cultuado quando a gente canta as músicas dEle, assim como o diabo.
[...] Mas, assim, a tua adoração é formada de tudo que entra pelos teus ouvidos e pelos teus olhos, tudo que entra na tua alma quando você vai adorar. Deus sente o cheiro, eu creio. Muita gente não crê, mas eu creio num nível de adoração de pessoas totalmente consagradas ao Espírito Santo. Eu não páro para curtir, para escutar música secular. Eu já fiz muito isso, mas hoje faz 9 anos que não faço mais. Ah, mas é pecado escutar música secular? Não. Quem falou que é pecado? Não estou dizendo que é pecado, estou dizendo que é um principio, que eu e minha equipe seguimos e tem funcionado na nossa vida. E atribuímos o nosso sucesso a Deus, e ao nosso desejo de sermos consagrados. Nós somos meio fanáticos. Somos daqueles que, para beijar na boca, namoram. Quem quer, fica. Quem não quer, fica a vontade para fazer o que está no coração.
[...] “Sejam pequenos sempre. Se vocês forem pequenos, Deus poderá levá-los onde Ele quiser. Se forem muito grandes, começam a ocupar espaço.”
Entrevista completa:
http://ozielfalves.blogspot.com/2007/04/entrevista-filhos-do-homem_16.html