segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Então vai pra cadeia.

"Não quer? Então vai pra cadeia. Muito mais fácil. Você come, bebe... Tudo de graça."

Foi o que disse uma menina para a sua amiga quando passaram por mim hoje. Duas crianças que andavam pela rua como se uma cuidasse da outra. Ela foi bem direta no que diz respeito a aceitar alguma coisa em favor do corpo mole. Aceitar a prisão é um tanto quanto improvável pra gente, mas às vezes é bem parecido.

Em situações que exigem um pouco mais da nossa ousadia pra que as coisas sejam melhores depois... Fazemos? Às vezes. Mas algumas vezes o medo cala. Então você prefere a prisão que não exige seu esforço.

Enfim, só quero me lembrar que quando existirem situações que exijam mais de mim para que se tornem melhores, devo fazer. E quero aprender a não me importar com o medo das reações. Por mais difícil que seja ousar, falar ou 'por a mão na massa', é melhor do que a prisão. Não fazer nada não ajuda em nada, me faz sentir realmente presa.

Foi isso o que passou pela minha cabeça naquele momento e escrevi logo pra não esquecer. Nem vou tentar acrescentar outras coisas. Tá tarde.

Até a próxima.

.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A Noite Perfeita...

"Acordei de madrugada essa noite chamando pelo meu Pai. Como uma criança que chama, no escuro, que anseia ser ouvida logo, e que alguém venha! Vontade incontrolável de estar com Ele. Não entendia muito bem aquilo, me senti patética, mas era mais forte que eu. Diferente das outras vezes, o sono não era nenhum impecilho, nem as circuntâncias me venceram. Era fome, sabe, desespero mesmo para encontrá-lo. Nem estava entendendo o que eu mesma dizia, e nem queria organizar as palavras. Não queria, não precisava. Eu estava chamando por Ele, e pensar em cerimônias para aquela hora me irritou. É o meu Pai! Só que muito antes que eu mesma chamasse, Ele já estava lá algum tempo esperando por esse momento. A sua presença enchia o quarto tão fortemente, como algo mais real do que tudo que já vivi, e nada mais importava ou fazia sentido algum. Falei tanto, por tanto tempo, coisas desordenadas, me calei às vezes, e percebi que aquilo era algo que jamais tinha vivido antes... E que eu jamais seria a mesma. Não queria falar aquelas mesmas coisas. De mim, das minhas inquietações, dos meus projetos em andamento, nem mesmo das pessoas por quem tenho orado ou me preocupo. Queria falar dEle, estar com Ele. Conversamos, conversamos, conversamos... Sem pretensão alguma! Até que me direcionou para a cama, como um Pai que encaminha uma criança teimosa que passou da hora, e eu fui... Ficou ali até eu dormir. Resmungando algo inacabado e ouvindo a chuva, dormi. Nunca houve paz semelhante... nunca! Agora entendo... Meu Pai me chamou, marcou um encontro comigo... A noite perfeita!"
.
.
Eu não sei quem escreveu isso, mas queria muito que tivesse sido eu. Mais do que pela beleza do texto ou da forma sensacional que conseguiram descrever... Mas por esse momento descrito. Por ter o privilégio de passar por esse momento agora. Eu compreendo perfeitamente porque já tive a maravilhosa oportunidade de viver isso. Como é bom. Como é bom. Tá na hora de eu ir dormir... Essa noite ainda pode ser A Noite Perfeita. É a única coisa que eu desejo pra esse momento.
.
.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Nota de Falecimento

Faleceu, na vida dos negligentes e frios na fé, a dona "oração", que já estava enferma desde os primeiros séculos da era cristã.

Foi proprietária de grandes avivamentos bíblicos e de grande poder e influência no passado. Os médicos constataram que sua doença foi motivada pela "frieza de coração", devido à falta de circulação do "sangue da fé". Constataram ainda: "dureza de joelhos -não se dobravam mais, "fraqueza de ânimo" e muita falta de boa vontade.

Foi medicada, mas erroneamente, pois lhe deram grandes doses de "teologia da prosperidade", mudando-lhe o regime. O "xarope de reuniões sociais" sufocou-a. Deram-lhe injeções de "dinheiro", para ver se resolvia o problema, mas isso provocou contendas. Tentaram até mesmo introduzir uma sonda para que recebesse novos medicamentos, destes que estão sendo testados em várias cobaias chamadas "igrejas modernas", o que provocou confusão doutrinária, má circulação nas amizades, trazendo ainda rivalidades e ciúmes, principalmente entre os jovens.

Administraram-lhe muitas "programações diferentes", e comprimidos de "inovações". Até cápsulas de "brincadeiras" lhe deram para tomar. RESULTADO: morreu dona "oração"!

A autópsia revelou: falta de alimentação, como "pão da vida", carência de "água viva" e ausência de vida espiritual. Também foi constatado, através de familiares da falecida, que o caso foi agravado pela ausência de costumes simples como a oração pessoal, a participação nas reuniões de oração.

Em sua memória, a vida pessoal dos Negligentes, situada na Rua do mundanismo, número 666, estará fechada para as reuniões de quartas e quintas feiras. Aos domingos, participará de apenas uma reunião de manhã ou à noite, isso quando não houver dias de feriado, emendando o lazer de sexta a segunda feira.

Não permita esta cerimônia fúnebre em sua vida.


Extraido de : http://www.ja-online.net/
.