quinta-feira, 5 de maio de 2011

Consolador

Há algumas semanas, houve um dia que me senti triste, fraca. As circunstâncias ao redor eram as mesmas de quando eu permanecia bem e forte. Algo mudou, então, e não foram as circunstâncias. Hoje eu sei o que mudou... Foram os meus olhos, o lugar pra onde eu olhava. Sabe, eu nunca fui forte demais. Na minha própria força, só o travesseiro vê o quanto sou fraca. As pessoas mais próximas não sabem. Eu posso mesmo demonstrar que sou forte, mas essa força não é minha. Há situações que as pessoas me citam como exemplo de que é fácil aceitar certas coisas porque foi fácil pra mim. Só Deus sabe. Só Deus. Acho que o salmista entende isso quando diz "Para muitos sou como um prodígio, mas Tu és meu forte refúgio" (Salmo 71:7). É assim que me sinto.

Escrevi esse parágrafo acima no dia 30 de junho de 2010. Ficou, assim como outros textos, guardado em meio aos rascunhos do blog. Por que? Porque é difícil admitir fraqueza enquanto se passa por ela.

Você não precisa ser forte sempre. Se te consideram muito forte é porque em você há muita fraqueza, pois a força de Deus foi feita para operar quando somos fracos e, assim, nos fazer fortes. Se fosse errado sentir dor, o Espírito Santo não seria chamado Consolador. Mas, se Ele não fosse chamado assim, permaneceríamos na dor. E deserto não é lugar para permanecer, é lugar de passagem. Ninguém mora no deserto. Se Ele nos consola, é porque nos quer bem logo.

Obviamente, isso não é desculpa para se prender em meio a dor. Há tempo de chorar, mas o tempo de sorrir nos espera ansiosamente enquanto o Espírito nos consola. Permita-se ser consolado.

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